A dor de dente incomoda tanto que é conhecida como uma das piores dores que o homem sente. Costuma ser descrita como ardida, insistente ou latejante. Para ficar atento às principais causas desse incômodo conversamos com o Dentista Carlos Telles da Clinica Mais Sorriso.
Segundo Telles, a cárie é uma das causas mais comuns da dor de dente. A doença tem origem no ácido que as bactérias liberam após se alimentarem de restos de comida da boca, o que acaba corroendo o dente. O tratamento deve ser feito no consultório, por meio da remoção da parte cariada do dente
. A prevenção inclui os cuidados básicos da saúde bucal, como escovar os dentes após as refeições, com atenção redobrada na escovação antes de dormir. Isso porque durante o sono, a produção de saliva diminui e ela é uma forte aliada no combate à cárie.
Outros dois causadores de dor de dente são as fraturas e a sensibilidade. Geralmente decorrente de quedas, brigas e acidentes, a quebra também pode acontecer pela fragilidade do dente que já passou por algum tipo de reparação ou tratamento. Por isso, quem já tem esse histórico deve ter mais cuidado ao entrar em contato com alimentos duros como caroço de azeitona, milho de pipoca.
á a sensibilidade nos dentes tem como principal fator a retração gengival. Isso acontece quando a gengiva se retrai, expondo a raiz do dente. De acordo com Telles, a retração gengival deve ser tratada por um periodontista, que vai avaliar a necessidade de enxerto de gengiva. “Também é recomendada a utilização de escovas macias, fazer bochechos com enxaguante bucal com flúor e utilizar creme dental com componentes que diminuem a sensibilidade”.
Crianças sentem mais dor:
Algumas pessoas têm mais tolerância para a dor, mas existe uma diferença biológica entre crianças e adultos que pode explicar por que a cárie é mais dolorida para as crianças do que para os adultos.
A dentina, parte do dente abaixo do esmalte, possui pequenos canais que ligam a superfície da dentina à polpa dentária. Carlos Telles explica que, quando esses canalículos estão em formação, são mais abertos e, consequentemente, conduzem a dor mais rápido. Nos adultos, estes canais são mais estreitos, ou seja, só em casos mais graves o adulto sente dor por causa da cárie.
Sobre o mito de que sentimos mais dor à noite, Telles acredita que isso seja um fator psicológico: “Pode ser que, por deitar para dormir e se desligar das tarefas diárias, o paciente passe a prestar mais atenção na sua dor e ache ela mais aguda”.