sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Tártaro Dentário - O inimigo silencioso

tártaro, também conhecido como cálculo dental, é definido como o resultado da mineralização da placa bacteriana ou biofilme maduro na superfície dentária.


Caso não haja a remoção do biofilme bacteriano dentro de um período de aproximadamente 21 dias, ocorre o estabelecimento de uma comunidade estável de bactérias. Com a participação da saliva, onde encontram-se íons de cálcio, e do dente, local de onde a placa rouba o fosfato em consequência da diminuição do pH, ocorrerá a mineralização da placa.

formação do tártaro  tem sido descrita em animais “germ-free” (livre de qualquer tipo de bactéria), sendo neste caso resultado da calcificação de proteínas salivares.

O tártaro está relacionado com a presença de doenças periodontais. Embora o cálculo não apresente um efeito traumático direto sobre os tecidos periodontais, ele atua proporcionando um adequado ambiente para a instalação de placas bacterianas, sendo este o fator primário no desenvolvimento de afecções periodontais.


Existem dois tipos de tártaro. São eles:
  • Tártaro Supragengival (salivar): localiza-se acima da borda da gengiva, sendo observado ao exame visual. Apresenta coloração esbranquiçada ou amarelada, é quebradiço e destaca-se com facilidade. Deposita-se rapidamente e são mais comumente encontrados nas superfícies dentais adjacentes às glândulas salivares, ou seja, nas superfícies vestibulares dos molares superiores e superfícies linguais dos incisivos inferiores. Os tártaros concentram-se na região mandibular anterior.

  • Tártaro Subgengival: é encontrado abaixo da borda gengival, impossibilitando sua observação ao exame visual. Em certos casos, pode ser visto por transparência nos tecidos da gengiva, dando a esta uma coloração escurecida. Apresenta consistência mais firme quando comparada ao tártaro supragengival, encontra-se fortemente aderida à superfície do dente, e possui coloração enegrecida ou esverdeada.

A remoção do tártaro supragengival é feita utilizando-se instrumentos manuais, como os extratores de tártaros. Pode-se também utilizar o ultra-som odontológico e, em seguida, com o auxílio dos instrumentos manuais, realizar a limpeza fina. O tártaro subgengival é removido utilizando-se curetas, sem lesar a gengiva. Nos casos mais severos, a face do epitélio interno da gengiva que fica voltado para o dente pode ser curetado com delicadeza, retirando-se o tecido necrosado.

A forma mais eficaz de prevenir a formação do tártaro é por meio da realização de adequada higiene bucal, escovando os dentes após as refeições e utilizando o fio-dental, pelo menos, duas vezes ao dia, além de visitar o dentista regularmente.

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