segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Fumo passivo e doença periodontal

Há anos está claro que fumantes apresentam risco mais elevado de doença periodontal, mas agora pesquisas mostram que o fumo passivo também pode aumentar esse risco.

Pesquisadores da Universidade do Norte da Carolina em Chapel Hill, usando dados de outro estudo que incluiu 2.379 não fumantes com idades entre 53 e 74 anos, concluíram que a exposição ao fumo passivo por algumas horas por dia pode dobrar o risco de uma pessoa ter doença periodontal. Pessoas expostas ao fumo passivo por menos de 25 horas por semana apresentaram uma probabilidade aumentada em 29 por cento e aquelas que se expuseram mais de 26 horas, as probabilidades foram duas vezes mais altas.
O estudo aparece na edição de dezembro do American Journal of Public Health. 

Em 2004, o departamento americano Surgeon General concluiu que as evidências científicas eram suficientes para inferir uma relação causal entre tabaco e doença periodontal. Em 2006, o Surgeon General  afirmou não existir nível de exposição ao fumo passivo livre de riscos. 

A Associação Dental Americana recomenda check-ups regulares e exames periodontais. Além do tabagismo, os fatores de risco incluem mascar tabaco, doenças sistêmicas como diabetes, várias medicações como esteroides, drogas para terapia do câncer e contraceptivos orais, próteses mal adaptadas, dentes apinhados, restaurações defeituosas e gravidez, segundo a ADA. 

Segundo a ADA, os sinais de alerta incluem gengivas que sangram facilmente, vermelhas, inchadas ou sensíveis, gengivas que se afastaram dos dentes, mau hálito persistente ou gosto ruim, dentes permanentes que estejam moles ou se separando, alterações na forma como os dentes se encaixam ao morder ou qualquer alteração na adaptação de próteses parciais. 

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Gravidez, cuidado pré natal e saúde bucal

A saúde bucal pode afetar a gravidez?
 
Há cada vez mais evidências sugerindo a existência de uma relação entre as enfermidades gengivais e os nascimentos prematuros, e de bebês que nascem com peso abaixo do normal. As gestantes portadoras de enfermidades gengivais têm maior propensão a dar à luz a bebês prematuros e abaixo do peso normal.

Outros estudos devem ainda ser feitos para que se estabeleça de que maneira as enfermidades gengivais afetam a gestação. Parece que essas doenças aumentam os níveis dos fluidos biológicos que estimulam o trabalho de parto. Os dados também sugerem que quando uma enfermidade gengival piora durante a gravidez, o risco de o bebê nascer prematuro aumenta.

Que posso fazer para garantir uma gravidez saudável?
 
O melhor conselho que se pode dar a uma mulher que está pensando em engravidar é ir ao dentista e resolver todos os problemas bucais, antes de ficar grávida.

Durante a gestação, seus dentes e gengivas precisam de cuidados especiais. Uma higiene bucal adequada, o uso diário do fio dental, uma alimentação equilibrada e visitas periódicas ao dentista são medidas que ajudam a reduzir os problemas dentários que acompanham a gestação.

Que problemas orais podem ocorrer durante a gravidez?
 
Os estudos revelam que um grande número de mulheres tem gengivite durante a gravidez, com acúmulo de placa bacteriana que se deposita nos dentes irritando a gengiva.

Mantendo seus dentes sempre limpos, especialmente na região do colo dentário, área em que a gengiva e os dentes se encontram, você pode reduzir significativamente ou até evitar a gengivite durante a gravidez. E além disso, você pode ajudar ainda mais a saúde de seus dentes, substituindo os doces por alimentos integrais tais como queijo, verduras e frutas frescas.

O que posso esperar de uma consulta com o dentista durante meu período de gravidez?
 
Em primeiro lugar, não deixe de informar o dentista que você está grávida. É melhor marcar uma consulta entre o quarto e sexto mês de gravidez, porque os três primeiros meses são os mais importantes no desenvolvimento da criança. No último trimestre da gravidez, o estresse associado com a consulta ao dentista pode aumentar a incidência de complicações pré-natais.

Na maior parte dos casos, radiografias, anestésicos dentais, medicação contra a dor e antibióticos (especialmente a tetraciclina) não são receitados durante o primeiro trimestre da gravidez, a não ser que sejam absolutamente necessários. Além disso, sentar-se em uma cadeira de dentista nos últimos três meses da gestação pode ser algo muito desconfortável. Há também evidências de que as gestantes podem ser mais suscetíveis à náusea. Mas, não se preocupe, pois seu dentista está preparado para ajudá-la nesta situação.

Se precisar fazer uma consulta de emergência, avise o consultório, antes de chegar lá, que você está grávida. Informe a respeito de qualquer tensão que estiver sofrendo, abortos naturais anteriores e medicamentos que esteja tomando. Tudo isso pode influenciar a forma pela qual seu dentista vai atendê-la e tratá-la. É bem provável que seu dentista entre em contato com seu médico, antes de iniciar qualquer tratamento.

Se tiver qualquer dúvida, insista para que seu dentista fale com seu médico. E se o dentista prescrever qualquer medicamento, não aumente a dosagem recomendada, mesmo no caso de uma simples aspirina.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Implantes dentários: consideração a respeito da substituição de um dente permanente

Um dos avanços tecnológicos mais notáveis na odontologia está relacionado ao desenvolvimento de implantes dentários. Antes de seu lançamento, as únicas opções disponíveis para as pessoas que perderam um dente eram as pontes ou as próteses dentárias. Os implantes dentários oferecem uma solução atraente e confortável para quem perdeu um dente resultante de cárie ou lesões, proporcionando uma opção permanente de substituição que parece e oferece a sensação de um dente real.

Vantagens dos implantes dentários

O fato de o implante dentário ter a aparência e oferecer a sensação de um dente natural, pode fazer maravilhas pela autoestima do paciente. Muitas pessoas que eram tímidas ao sorrir por causa do espaço de um dente perdido, podem se sentir perfeitamente confortáveis depois de um implante dentário. Além da estética, um implante dentário também faz com que seja mais fácil comer e falar, uma vez que um pino de titânio fixado diretamente no maxilar mantém o implante no lugar. Assim, o implante não se solta como uma prótese dentária. Os implantes dentários também beneficiam a saúde bucal em geral, uma vez que não precisam ser ancorados a outros dentes, como as pontes.

Índice de sucesso do implante dentário

O sucesso do implante dentário pode depender de onde os dentes ausentes estão localizados, mas o índice de sucesso médio é de mais de 95% de acordo com a American Association of Bucal and Maxillofacial Surgeons (Associação de cirurgiões Buco-Maxilo faciais dos Estados Unidos). Pelo fato de o implante penetrar no osso da mandíbula e gengiva, esse procedimento pode não ser adequado para certas pessoas, como aquelas que fumam. Seu dentista será capaz de avaliar se o implante dentário é a melhor opção para você.

Cuidando do implante dentário

Bons hábitos bucais são necessários para que o implante seja um sucesso. É necessário usar o fio dental, escovar os dentes e ir regularmente ao dentista. Se na sua arcada dentária está faltando um dente e acredita que o implante dentário é a melhor solução para você, consulte seu dentista.
Fonte: Portal Colgate: http://www.colgate.com.br/pt/br/oc/oral-health/cosmetic-dentistry/implants/article/sw-281474979071118

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Por que usar um protetor bucal?

O protetor bucal é um aparelho de plástico flexível ou material laminado usado nas práticas desportivas para evitar ferimentos na boca ou nos dentes.

A Associação Americana de Odontologia (ADA) estima que um terço de todos os traumatismos bucais estão relacionados com práticas desportivas.1 O uso de protetor bucal poderia evitar mais de 200.000 ferimentos bucais a cada ano.
Entre os tipos de traumatismos que podem ocorrer sem o uso do protetor bucal estão a quebra ou rachadura de dentes, fraturas de próteses, ferimentos nos lábios e bochechas, danos à raiz dos dentes, fraturas de arcada e concussões. Todo atleta está exposto ao risco de traumatismo bucal e qualquer traumatismo pode ser evitado com o uso do protetor.

Os protetores são obrigatórios em esportes em que há colisões, como o futebol americano, hóquei e box, e risco de traumatismo. As crianças e adultos que praticam esportes de contato, como o basquetebol, o beisebol, o softbol, o futebol, o voleibol e a luta livre, devem considerar o uso de protetor bucal para evitar lesões na boca. 


Um estudo realizado entre atletas do ensino médio revelou que 75% dos traumatismos ocorreram quando o protetor bucal não estava sendo usado e 40% durante jogos de beisebol e basquetebol. Nove por cento de todos os atletas sofreram algum tipo de lesão bucal e outros 3% relataram perda da consciência. Cinquenta e seis por cento de todas as concussões ocorreram quando os protetores bucais não estavam sendo usados. 

O traumatismo relacionado com esportes é mais frequente do que relatado anteriormente.

O protetor bucal é essencial para todos os atletas, sejam eles crianças ou adultos. Para obter mais informações sobre o protetor bucal correto para você, consulte seu dentista.





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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Níveis de Vitamina D da mãe podem afetar a Saúde Dental do Bebê

Pesquisadores canadenses identificaram uma correlação entre a ingestão de vitamina D da mãe, durante a gravidez e a saúde dental do bebê.

A vitamina D regula os níveis de cálcio e fósforo no sangue de duas maneiras: promovendo sua absorção, a partir dos alimentos, nos intestinos e a reabsorção do cálcio nos rins.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Manitoba, EUA, diz que bebês nascidos de mulheres com baixos níveis de vitamina D, podem apresentar um risco aumentado de defeitos de esmalte dental e cáries da primeira infância.

Analisando os níveis de vitamina D de 206 mulheres no segundo trimestre de gestação, os pesquisadores verificaram que apenas 21 tinham níveis adequados de vitamina D. Avaliaram também 135 bebês — determinando que 21,6% tinham defeitos de esmalte e 33,6% tinham cárie dentária da primeira infância.

Além disso, mães de bebês com defeitos de esmalte tinham concentrações de vitamina D mais baixas durante a gravidez do que mães de bebês sem defeitos de esmalte. As mães de bebês com cárie dentária da primeira infância tinham níveis de vitamina D significativamente mais baixos do que as mães de bebês que não tinham incidência de cáries, e bebês com defeitos de esmalte eram significativamente mais propensos a apresentar cárie da primeira infância.

Os pesquisadores acreditam que os níveis de vitamina D estavam relacionados com a freqüência do consumo de leite e o uso pré-natal de vitamina.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Doença gengival pode ter participação na doença de Alzheimer

Nova York – Um novo estudo feito por pesquisadores na Faculdade de Odontologia da NYU mostra que a doença gengival pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.

Trata-se da primeira evidência a longo prazo que a doença gengival pode aumentar o risco de disfunção cognitiva associada com a doença de Alzheimer em indivíduos saudáveis e também naqueles que já estão cognitivamente comprometidos. 

O estudo foi liderado pela Dra. Angela Kamer, da NYU, que colaborou com uma equipe de pesquisadores da Dinamarca, e expande um estudo de 2008 feito pela Dra. Kamer que “mostrou que pessoas com doença de Alzheimer apresentam nível significativamente mais alto de anticorpos e moléculas inflamatórias associadas com a doença periodontal no plasma em comparação com pessoas saudáveis”.

No novo estudo, pesquisadores analisaram dados sobre a inflamação periodontal e função cognitiva em 152 homens e mulheres dinamarqueses que faziam parte do Estudo de Envelhecimento de Glostrup, reunindo dados médicos, psicológicos e de saúde bucal, no período de 1964-84.

A equipe comparou a função cognitiva dos indivíduos com idades entre 50 e 70 anos, usando o Digit Symbol Test, DST, uma parte da medição padrão do QI adulto que avalia a rapidez com que indivíduos podem ligar uma série de dígitos, como 2, 3, 4 a uma lista correspondente de pares de dígitos-símbolos.
Os pesquisadores observaram que a inflamação periodontal aos 70 anos estava fortemente associada a pontuações mais baixas no DST e que os indivíduos com inflamação periodontal eram nove vezes mais propensos a obter pontuações mais baixas no teste, comparados com aqueles com pouca ou nenhuma inflamação periodontal.

Essa forte associação mostrou-se verdadeira mesmo naqueles indivíduos que apresentavam outros fatores de risco associados às pontuações mais baixas no DST, incluindo obesidade, tabagismo e perda dental não relacionada à inflamação gengival. A forte associação também se mostrou verdadeira nos indivíduos que já apresentavam pontuação baixa no DST aos 50 anos de idade.

“A pesquisa sugere que indivíduos cognitivamente normais com inflamação periodontal apresentam risco aumentado de função cognitiva menor em comparação com os indivíduos cognitivamente normais com pouca ou nenhuma inflamação”, diz Dra. Kamer.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Feridas na Boca e Infecções

Sinais e Sintomas

Causas

As lesões bucais podem ser causadas por infecções, podendo ser bacterianas, virais ou fúngicas, ou até mesmo por um fio ortodôntico solto, uma dentadura que não se encaixa ou a ponta de um dente quebrado ou restauração não polida.
  • Ardência na boca
    A determinação da causa não é simples, podendo incluir: deficiências nutricionais, boca seca, candidíase bucal, diabetes, alterações hormonais, determinados medicamentos ou por depressão.
  • Candidíase
    A candidíase é causada por um fungo e normalmente se desenvolve quando o sistema imune está baixo. Alguns medicamentos, como terapias com esteróides ou quimioterapias para tratamento de câncer, podem aumentar o risco do desenvolvimento desta infecção. Os antibióticos também aumentam esse risco, uma vez que alteram o equilíbrio normal de bactérias na boca.
  • Aftas
    A causa exata da afta ainda não é clara, porém um trauma ou uma outra lesão na boca podem ser os responsáveis. Outras possíveis causas podem ser a sensibilidade a alguns tipos de alimentos, como os picantes, salgados ou ácidos, deficiência de vitamina B, mudanças hormonais e estresse.
  • Herpes labial
    A herpes labial é causadas pelo vírus do herpes simples (HSV)-1 e é altamente contagiosa. A infecção inicial pelo vírus pode ser acompanhada pelos sintomas de gripe ou resfriado e podem causar bolhas doloridas. Não há cura para a herpes, que pode voltar se o indivíduo tiver febre, mentruar ou estiver estressado.
  • Leucoplasia
    Pode ser o resultado de irritações causadas por restaurações, coroas ou dentaduras mal adaptadas. Outras causas incluem uso de tabaco ou ser portador do vírus HIV (que causa a AIDS) e do vírus Epstein-Barr. Às vezes, a leucoplasia pode evoluir para o câncer bucal, portanto, é importante consultar o seu dentista caso observe o desenvolvimento dessas manchas.
  • Sialadenite
    A sialadenite é uma infecção bacteriana da glândula salivar e pode ser aguda, crônica ou recorrente (quando se repete). Essas infecções ocorrem com maior frequência na glândula parótida.
  • Abscesso dentário
    O abscesso dentário ocorre quando a bactéria invade a polpa dentária e os vasos sanguíneos do dente, podendo se espalhar pela raiz. A infecção bacteriana causa dor, mau hálito e inflamação, podendo também causar um abscesso na ponta da raiz.