Nova York – Um novo estudo feito por pesquisadores na Faculdade de
Odontologia da NYU mostra que a doença gengival pode aumentar o risco de
desenvolver a doença de Alzheimer.
Trata-se da primeira evidência a longo prazo que a
doença gengival pode aumentar o risco de disfunção cognitiva associada
com a doença de Alzheimer em indivíduos saudáveis e também naqueles que
já estão cognitivamente comprometidos.
O estudo foi liderado pela Dra. Angela Kamer, da
NYU, que colaborou com uma equipe de pesquisadores da Dinamarca, e
expande um estudo de 2008 feito pela Dra. Kamer que “mostrou que pessoas
com doença de Alzheimer apresentam nível significativamente mais alto
de anticorpos e moléculas inflamatórias associadas com a doença
periodontal no plasma em comparação com pessoas saudáveis”.
No novo estudo, pesquisadores analisaram dados
sobre a inflamação periodontal e função cognitiva em 152 homens e
mulheres dinamarqueses que faziam parte do Estudo de Envelhecimento de
Glostrup, reunindo dados médicos, psicológicos e de saúde bucal, no
período de 1964-84.
A equipe comparou a função cognitiva dos indivíduos
com idades entre 50 e 70 anos, usando o Digit Symbol Test, DST, uma
parte da medição padrão do QI adulto que avalia a rapidez com que
indivíduos podem ligar uma série de dígitos, como 2, 3, 4 a uma lista
correspondente de pares de dígitos-símbolos.
Os pesquisadores observaram que a inflamação
periodontal aos 70 anos estava fortemente associada a pontuações mais
baixas no DST e que os indivíduos com inflamação periodontal eram nove
vezes mais propensos a obter pontuações mais baixas no teste, comparados
com aqueles com pouca ou nenhuma inflamação periodontal.
Essa forte associação mostrou-se verdadeira mesmo
naqueles indivíduos que apresentavam outros fatores de risco associados
às pontuações mais baixas no DST, incluindo obesidade, tabagismo e perda
dental não relacionada à inflamação gengival. A forte associação também
se mostrou verdadeira nos indivíduos que já apresentavam pontuação
baixa no DST aos 50 anos de idade.
“A pesquisa sugere que indivíduos cognitivamente
normais com inflamação periodontal apresentam risco aumentado de função
cognitiva menor em comparação com os indivíduos cognitivamente normais
com pouca ou nenhuma inflamação”, diz Dra. Kamer.
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