quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Papilas Gustativas? Entendendo como se sente os sabores


Sentimos o gosto dos alimentos através de pequenas estruturas presentes no epitélio da língua, as chamadas papilas gustativas ou papilas linguais. Também presentes em menor número no palato mole, epiglote e parte superior do esôfago, as papilas possuem botões receptores que reconhecem os cinco elementos principais da gustação, os gostos doce, salgado, azedo, amargo e umami.
Quando mastigamos, partículas do alimento se desprendem e dissolvem na saliva. Esta, ao atravessar os poros das papilas, ativa as células receptoras fazendo com que o estímulo gustativo seja enviado para o cérebro através de nervos cranianos ligados à língua. Desta forma, conseguimos identificar o gosto do que estamos comendo.
No entanto, não confunda gosto com sabor. O sabor de um alimento é resultado da combinação entre os cinco gostos com os estímulos olfatórios captados nas cavidades nasais. Por isso, para que se tenha uma impressão mais precisa do sabor, precisamos estar com as narinas desobstruídas. Eis o porquê das pessoas não sentirem o sabor da comida quando estão com o nariz entupido.
As papilas são estruturas que se desgastam facilmente pela ação mecânica da mastigação. Por isso, aproximadamente a cada dez dias o epitélio da língua as substitui, mantendo o tecido constantemente renovado. Com o tempo, a capacidade regenerativa diminui, fazendo com que o paladar também diminua nas pessoas mais velhas. Existem quatro tipos de papilas na nossa língua, cujos nomes estão relacionados principalmente ao seu formato característico. São elas as papilas filiformes, fungiformes, foliáceas e circunvaladas.
As papilas filiformes são as mais numerosas, possuem aspecto estreito, assemelhando-se a um filamento cônico, e não apresentam botões gustativos, o que as torna incapazes de captar gostos. Por serem queratinizadas, elas são mais resistentes e rígidas, o que confere certa aspereza à superfície da língua. Tal aspecto facilita o processo mastigatório. Em felinos, essas papilas são ainda mais numerosas, compridas e rígidas, pois estes animais utilizam a língua para raspar nacos de carne de carcaças ou fazer a higiene dos pelos corporais.
Espalhadas entre as papilas filiformes podem ser encontradas as papilas fungiformes. São chamadas assim por possuírem o aspecto de um cogumelo, com a base estreita e o ápice dilatado. Possuem botões gustativos capazes de reconhecer os cinco gostos e estão conectadas ao nervo facial, o sétimo nervo craniano.
Pouco numerosas em humanos e ausentes em outras espécies, as papilas foliáceas podem ser encontradas na borda lateral da língua. Também possuem botões gustativos e podem captar os gostos através dos nervos facial e glossofaríngeo.
As papilas valadas ou circunvaladas, por sua vez, estão distribuídas na parte posterior da língua, formando uma fileira com 7 a 14 unidades.  Tem o formato de cúpula achatada, com uns dois milímetros de diâmetro e são capazes de captar os estímulos palatáveis durante a deglutição. O nervo que transmite seus estímulos é o glossofaríngeo.
No início do século XX, o pesquisador alemão D. P. Hanig realizou um estudo onde pode mapear regiões da língua com maior sensibilidade a cada gosto. Foi a partir desse trabalho que se popularizou o chamado mapa lingual, que mostra exatamente onde podemos sentir o doce ou o salgado. Porém, estudos recentes comprovaram que as papilas gustativas são capazes de detectar todos os gostos e, apesar de existir uma predominância para um ou outro, podemos sentir todos eles em qualquer ponto da língua onde haja papilas gustativas. Portanto, não leve muito a sério esse mapa quando for saborear alguma iguaria. Mastigue-a deliberadamente, não se esquecendo de aproveitar o aroma, se quiser ter uma boa experiência gastronômica.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Fio dental, escova e enxaguante: essa é a ordem certa?

Para se ter uma boca sempre limpa e um hálito fresco é imprescindível o uso da escova de dente, do fio dental e de um enxaguatório bucal. Mas você sabe se os está usando do jeito certo e na ordem correta?




Normamente, o recomendado é usar o fio dental, seguido da escova e, por último, o enxaguante bucal.

“O importante é garantir a remoção da placa bacteriana. Normalmente, recomendamos o uso do fio antes para remover a placa que fica entre os dentes e o da escova depois para evitar um mau odor que a remoção dessa placa pode causar, ficando com um hálito agradável que o creme dental proporciona no fim”, diz William Frossard, professor e coordenador do curso de especialização em Prótese Dentária da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Já o enxaguatório pode ser usado por último, como a maioria das pessoas faz, para que o hálito fique mais agradável. “Porém é importante dizer que fazer o uso somente do enxaguatório não é suficiente. Ele é um auxiliar na limpeza, acrescentando flúor e um hálito refrescante, mas não tem o poder de remover a placa bacteriana que só é removida mecanicamente com o uso do fio dental e escovação”, diz William. 

Revelador de bactérias 

Há uma forma bem interessante e fácil de saber se sua higiene bucal está sendo eficiente. Existem no mercado alguns cremes dentais ou pastilhas que evidenciam a placa bacteriana. “Com seu uso (uma vez por semana), a placa que não foi removida fica avermelhada, sendo facilmente identificada para atentar o paciente a melhorar a higienização naquela área”, diz William.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Que tipo de escova de dentes devo usar?

Que tipo de escova devo usar?

Não é fácil decidir qual o tipo de escova usar, já que o mercado oferece inúmeros tipos, formas e tamanhos. Contudo, lembre-se de que:

1 - A maior parte dos dentistas concorda que as escovas macias são mais eficientes para remover a placa bacteriana e os resíduos de alimentos. De preferência, a escova deve também ter cabeça pequena para poder mais facilmente alcançar todas áreas da boca, como, por exemplo, os dentes posteriores.

2 - Com relação ao tipo de cabo (por exemplo, flexível ou não), formato da cabeça da escova (retangular, cônica, etc.) e estilo de cerdas (com pontas planas, arredondadas, em diferentes níveis, etc.), escolha o que for mais confortável para você. O importante mesmo é usar uma escova que se ajuste bem à sua boca e alcance todos os dentes.


3 - Consulte seu dentista e peça uma orientação sobre a melhor escova para seu caso.




Quando devo trocar minha escova dental?


Troque sua escova de dentes a cada três meses ou quando as cerdas estiverem desgastadas. Além disso, é muito importante trocar de escova depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas.
A escolha da escova certa
Quando gasta (na foto acima), a escova pode danificar a gengiva. Use uma escova dental nova a cada três meses ou troque quando perceber que as cerdas estão deformadas ou gastas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A Escolha da Pasta de Dentes

Hoje em dia, a pessoa pode chegar a se sentir perdida diante da variedade de cremes dentais que encontra nas prateleiras do supermercado e da farmácia. Basta lembrar o seguinte: a melhor pasta de dente é aquela que você gosta a ponto de usar todos os dias.


Naturalmente podemos comprar diversos tipos diferentes para variar ou para atender às preferências das pessoas da família. Existem atualmente pastas para as necessidades de praticamente cada pessoa e dificilmente vamos errar se a pasta tiver o selo de qualidade da Associação Americana de Odontologia. 


Algumas pastas de fato oferecem propriedades específicas além de limpar os dentes. Vejamos alguns tipos específicos: 

Antimicrobiana. Contém fluoreto estanhoso, agente antibacteriano que também combate a cárie e não agride dentes mais sensíveis.

Controle do tártaro. Contêm pirofosfato de sódio, que combate a formação de tártaro sobre os dentes ou, melhor ainda, hexametafosfato de sódio, que combate tanto a formação de tártaro quanto de manchas acima da linha da gengiva. No caso da pessoa que já tem tártaro, porém, essa pasta não vai removê-lo; a pessoa precisa recorrer à limpeza profissional.

Branqueamento. As pastas branqueadoras possuem ingredientes químicos ou abrasivos que removem e/ou evitam a formação de manchas nos dentes. Quando usadas regularmente, podem diminuir o aparecimento de manchas e deixar os dentes mais brancos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Estresse é fator de risco também à saúde bucal

Ansiedade, problemas financeiros, muitos compromissos, excesso de trabalho. Esses são alguns dos fatores que causam estresse, mal que afeta 80 milhões de brasileiros e 70% da população economicamente ativa do país, segundo alguns estudos. De maneira geral, o estresse é definido como uma resposta fisiológica do corpo a situações ou problemas que podem afetar negativamente a atitude ou o organismo de uma pessoa.


Se não tratado de forma adequada, o estresse pode afetar não apenas a mente e o corpo, mas também a saúde bucal. Nesse caso, ele pode contribuir para o surgimento de aftas (pequenas feridas na boca causadas por vírus, bactéria e deficiência do sistema imunológico); bruxismo (ranger ou apertar dos dentes); boca seca (diminuição do nível de salivação) e a gengivite (inflamação da gengiva).

Stress e a saúde bucal

“O estresse, quando associado com a má higiene oral, eleva também as chances de desenvolvimento de doenças periodontais mais graves, como a periodontite que é a inflamação e infecção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes”, lembra o Dr. Carlos Telles, cirurgião dentista e diretor da Clínica Dentária Mais Sorriso em Londrina/PR.


Além de todas essas complicações, uma pessoa sob estresse pode se entregar a hábitos pouco saudáveis ou mesmo negativos, o que acaba gerando outras consequências. “O consumo de álcool ou de tabaco, por exemplo, pode causar mau hálito e a erosão dental, que é o comprometimento da camada de cálcio que protege os dentes”, completa.

Para evitar que esses problemas afetem sua saúde bucal, o cirurgião dentista recomenda a manutenção da higiene oral, realizando a escovação dos dentes sempre após as refeições e a utilização frequente do fio dental, além de consultar um especialista periodicamente.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Terceira Dentição? Como assim?

Quem não gostaria de dar uma segunda oportunidade aos seus dentes?


Quantas vezes se exclama: “Se eu soubesse, tinha tratado melhor dos meus dentes!”, ou então “Provavelmente o dente tinha tratamento, mas antigamente arrancava-se logo”

Há diversas formas de substituir os dentes em falta, mas só uma se assemelha ao conforto dos nossos próprios dentes: os implantes dentários.

Atualmente ainda nos deparamos com uma grande percentagem de adultos com falta de um ou mais dentes, muitos sem qualquer tipo de prótese para substituir as peças em falta, com todos os problemas que acarreta: desorganização dos dentes remanescentes, dificuldade em mastigar, problemas estéticos e articulares.

O mais frequentes são o uso de próteses removíveis totais ou parciais, com todo o desconforto inerente ao seu uso e constrangimento de ter que as remover para limpeza ficando desdentado momentaneamente. Em alguns casos também se pode recorrer às próteses fixas apoiadas nos dentes adjacentes, cujo inconveniente é o desgaste destes, mesmo se estiverem sãos.

Hoje, ainda não é possível fazer nascer uma terceira dentição, mas temos ao nosso dispor os implantes dentários. Um implante dentário é uma espécie de um parafuso em titânio que vai ser colocado no local onde estava a raiz do dente extraído, e assim “devolver” o dente, tal como ajudar a preservar o osso naquela zona.


Após anos de estudo, e apesar de ter surgido na década de 70 na Suécia, foi na década de 80 que esta técnica começou a ser usada com frequência e com sucesso.

Através de uma pequena cirurgia o implante é colocado no osso, com a finalidade de substituir a raiz em falta. Após algum período de espera, para que haja osteointegração, ou seja, união do implante ao osso, faz-se a coroa do dente. Durante o tempo de espera pode utilizar-se a prótese que tinha antes, ou outra solução para que não fique desdentado. Em casos bem avaliados é possível no próprio dia colocar-se uma prótese fixa provisória.

Quando se trata de desdentados totais existem várias soluções que são vistas caso a caso.

Para qualquer dos problemas e das soluções, tem ser ser feita uma avaliação do estado de saúde geral, do nível de higiene oral, e da disponibilidade óssea. 

Também nesta situação e mediante avaliação, é possível no próprio dia sair já com os dentes fixos, embora provisórios, passa-se duma situação de extremo desconforto e constrangimento para um aproximar do ideal, sorriso de orelha a orelha, céu da boca livre, enfim, o maior desejo de quem sabe o que é usar uma prótese total removível.

É um procedimento indolor e permite rapidamente restabelecer a sua vida normal, ou até mesmo conforme as profissões, trabalhar logo após a cirurgia.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Saiba como evitar as cinco doenças dentárias mais comuns

A boca é um dos órgãos do corpo mais exposto a processos infecciosos. Além da cárie, ela está suscetível a outros problemas bucais, como mau hálito, gengivite e placa bacteriana.
Segundo o Doutor Carlos Telles, cirurgião-dentista da clínica Mais Sorriso de Londrina, há inúmeros males capazes de afetar a saúde bucal, mas a falta de higiene ainda é a principal causa.
O especialista lista os principais problemas dentários, como evitar e quais os tratamentos.

Placa bacteriana

A placa bacteriana consiste em uma película pegajosa resultado da ação das bactérias presentes na boca em contato com os restos de comida, principalmente açúcares. Se não for removida, endurece e acumula na base dos dentes formando o tártaro.
A principal maneira de evitar a placa bacteriana é por meio de uma boa escovação e pelo uso do fio dental diariamente. Além disso, não ingerir diariamente alimentos que grudam nos dentes também é uma das formas de profilaxia. Ir ao dentista regularmente para remover a placa é a maneira mais indicada de tratar o problema.

Sensibilidade

A dica do cirurgião-dentista para evitar o problema é reduzir o consumo de alimentos ácidos como refrigerantes, sucos de laranja, molhos para salada e vinhos, porque eles aumentam a sensibilidade dental e ajudam a provocar erosão nos dentes. 
O tratamento mais indicado é a aplicação de flúor para reduzir essa sensibilidade.O desgaste da superfície do dente causa a sensibilidade, queixa comum nos consultórios odontológicos. A causa mais comum do problema é a exposição da raiz do dente em virtude de uma cárie, fratura dental ou retração da gengiva.

Cárie

As bactérias, os ácidos, os resíduos de comida e a saliva se juntam na boca e forma as placas bacterianas e os tártaros. Os ácidos presentes principalmente na placa, se não forem removidos, dissolvem a superfície esmaltada e criam orifícios nos dentes.
Acumulo de placa bacteriana pode causar gengivite / Crédito: Thinkstock
Para evitar a cárie, é preciso manter uma boa higiene bucal, principalmente no que diz respeito à escovação. O tratamento do problema é doloroso e só pode ser feito em um consultório odontológico. O profissional preenche o orifício com resina, liga de prata ou porcelana depois de remover a área danificada.

Gengivite

gengivite consiste em uma inflamação da gengiva causada por acumulo de placa bacteriana. Gengivas vermelhas ou arroxeadas que apresentam sinais de inflamação ou sangramento são típicas de pessoas que possuem o problema.
Para evitar a gengivite, o ideal é não descuidar da higiene oral. Usar fio dental todos os dias e investir em uma boa escovação são as principais dicas de Adriana. Para tratar a gengivite é preciso fazer uma limpeza completa em um consultório odontológico.

Mau hálito

O mau hálito é causado na maioria das vezes pelo acúmulo de placa bacteriana ou por doenças periodontais. A primeira dica para evitar o problema é manter-se hidratado e investir em alimentos detergentes, como a maçã, a cenoura, o aipo e o limão.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Fratura no dente? O que fazer?

O que fazer em caso de avulsão (quando o dente sair por inteiro da boca) após um acidente?

Havendo calma, lave-o tente recolocá-lo (se for dente permanente); se Não conseguir, coloque-o em um copo com soro fisiológico, leite ou água filtrada, ou entre os outros dentes e bochecha.



O que fazer quando ocorre fratura do dente?

Leve o fragmento dentário até o dentista, de maneira tal que esteja hidratado, como foi mencionado acima. Vale lembrar que, quanto mais rápido, maior possibilidade de se conseguirem resultados possibilidade de se conseguirem resultados positivos no tratamento a ser realizado.


Quando houver trauma no dente-de-leite e este sair com uma pancada, o que devo fazer?

O dente-de-leite não deve ser recolocado na boca, como no caso do permanente. Isso porque no caso do dente-de-leite, o germe do dente permanente está em baixo da raiz do de leite, o que poderá causar algum dano ao permanente.

Quais as conseqüências de um trauma em dente-de-leite ou em dente permanente?

Dependendo do tipo e da intensidade do trauma dental, da idade do paciente e do tempo ocorrido até o primeiro atendimento, as conseqüências podem ser leves ou podendo inclusive levar á perda do elemento dental.
Um trauma dental pode ocasionar muitas seqüelas, tais como: mobilidade dentária, podendo alterar a posição do dente na arcada; quadros dolorosos; alteração na cor do dente afetado; sensibilidade do dente traumatizado durante a mastigação e; no dente-de-leite, ainda pode haver transtornos no desenvolvimento do dente permanente. Cada caso requer um tratamento específico.

Como agir frente a um traumatismo dento-alveolar?

Após o socorro inicial, no que diz respeito ao dente em si, deve-se procurar o dentista rapidamente, sempre atento para informar: ONDE ocorreu o trama ( é importante relatar o local, para que o dentista possa tomar algumas decisões, com, por exemplo, se há necessidade de prescrever a vacina antitetânica ou não) COMO ocorreu o trauma (o tempo ocorrido é de suma importância, pois determina o plano de tratamento mais coerente), fornecendo ao cirurgião-dentista as informações necessárias para que sejam tomadas as devidas providências.



Quando o trauma for na cabeça, além dos dentes, o que mais deve ser observado?

Além de procurar cuidados médicos, deve ser observado se existem sinais de sonolência excessiva, vômitos persistentes, fala enrolada, convulsões e deve-se acordar a vítima de 3 em 3 horas.
Frente a um trauma a primeira condição é ter calma. Não se deve esquecer da ajuda do profissional, a fim de oferecer um correto diagnostico para o devido tratamento.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Dentes sensíveis? Você pode estar comendo muitas frutas cítricas

Após consumir este tipo de alimento, é preciso esperar 30 minutos para escovar os dentes.

São muitas as possíveis causas da sensibilidade nos dentes. Algumas, como o bruxismo, são bastante conhecidas, enquanto outras não costumam ser associadas ao problema. É o caso do consumo de frutas cítricas, que podem ser inimigas da saúde bucal caso não sejam tomados os devidos cuidados.
Segundo explica o cirurgião dentista Dr. Carlos Telles, da Clinica Mais Sorriso, os ácidos das frutas cítricas enfraquecem os dentes e corroem o esmalte, causando danos e desconforto.
Morango, kiwi, tomate, laranja, limão, abacaxi, tamarindo e tangerina, além dos sucos destes frutos, podem levar ao problema e, se consumidos em excesso, podem representar um risco à saúde bucal.

Como evitar o problema?

Para combater o desgaste, não é preciso abrir mão dos alimentos cítricos. O especialista ensina que, após o consumo, é necessário fazer um bochecho com bastante água para eliminar a acidez.
“Além disso, é preciso esperar cerca de 30 minutos para escovar os dentes, caso contrário, as cerdas podem raspar o esmalte e acelerar ainda mais o processo de erosão dentária”, recomenda. “A saliva irá agir durante essa espera, garantindo a normalização do nível de acidez na boca e devolvendo os minerais aos dentes. Esta é a melhor prevenção contra as cáries”, afirma.
Frutas como abacaxi, tangerina e kiwi em excesso causam sensibilidade nos dentes (Crédito: Thinkstock)

Outros causadores

Além das frutas e sucos cítricos, alimentos como vinagre, refrigerante e vinho também causam o desgaste dos dentes, devido à acidez. “Estes alimentos corroem o esmalte dos dentes, que é sua proteção. Em casos graves, o esmalte desmineralizado combinado com a má escovação, bruxismo e outros fatores pode levar à perda dental. É preciso passar frio dental e escovar dentes e língua após ingerir estas comidas”, recomenda o Dr. Carlos.
A orientação do especialista é não deixar de consumir estes alimentos, que são ricos em vitaminas, mas sim intercalá-los com outros não cítricos.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Boca seca: os fatos

Mais da metade dos americanos sofrem de boca seca (xerostomia) devido ao uso de alguns medicamentos, doenças autoimunes, a terapias de tratamento do câncer e ao envelhecimento natural. A boca seca ocorre devido à falta de fluxo salivar normal. A boca seca pode afetar pessoas de qualquer idade e deve ser monitorada para não causar efeitos mais sérios na cavidade oral. 

Qual a causa?

A boca seca pode ocorrer como resultado do uso de medicamentos vendidos com receita médica como anti-histamínicos, anticonvulsivantes, antidepressivos, drogas cardiovasculares, antieméticos, antipsicóticos, sedativos e descongestionantes, entre outros. O uso prolongado de medicamentos de venda livre também pode causar boca seca. As pessoas que se submetem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem sentir a boca seca. A terapia de radiação, quando aplicada na região da cabeça e pescoço, tem efeitos mais significativos relacionados com a boca seca, em comparação com cirurgia e quimioterapia. Após terapia de radiação aplicada na região da cabeça e do pescoço, as glândulas salivares irradiadas produzem pouca ou nenhuma secreção salivar e a boca seca pode tornar-se um grande desconforto para os pacientes com câncer oral e da faringe.
Outros exemplos de pessoas susceptíveis à xerosotomia são aquelas que sofrem de doenças auto-imunes como a síndrome de Sjögren, caracterizada por olhos secos, boca seca e doenças do tecido conjuntivo (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica, polimiosite ou doença mista do tecido conectivo). As pessoas que têm diabetes tipo I, esclerose múltipla, esclerodermia, psoríase e doença inflamatória intestinal, fibrose cística também podem apresentar a boca seca.
A boca seca pode também decorrer de deficiências nutricionais, como a falta de vitamina A e a riboflavina (vitamina B2).

Sintomas da boca seca

Há vários sintomas presentes na ocorrência da boca seca: 

- Secura na boca e na garganta
- Saliva mais viscosa
-Aumento de infecções bucais e da faringe.
- Crescimento da placa bacteriana
- Mau hálito
- Úlceras na boca
- Alteração do paladar
- Aparecimento ou evolução da doença cárie
- Desenvolvimento de doença gengival e/ou periodontal
- Dificuldade na fala e deglutição

Tratamento da boca seca

Se a sua boca seca for causada por remédios vendidos sob receita, seu médico pode reavaliar o tipo de medicamento que você está tomando e eliminar ou ajustar a dosagem daqueles que causam o problema. Os sprays de saliva artificial podem ser usados para ajudar a umedecer a boca e aumentar o fluxo de saliva. Seu médico também pode prescrever pilocarpina, um medicamento que ajuda a estimular a produção de saliva. Você também pode decidir simplesmente beber mais água para matar a sede decorrente da boca seca. Antissépticos orais na forma de enxaguatórios também são indicados como anti-microbianos para controlar a placa bacteriana ou auxiliar no tratamento de infecções bucais. 
Entre os recursos que podem ser utilizados em casa para combater a boca seca estão a escovação dos dentes pelo menos duas vezes ao dia com um creme dental com flúor, o uso diário de fio dental, a ingestão de água ou líquidos não açucarados nas refeições e o uso de balas ou gomas de mascar sem açúcar para estimular o fluxo salivar. Procure não respirar pela boca, pois isso aumenta o efeito da boca seca.
Consulte o seu médico e dentista se estiver sofrendo desse problema e monitore os medicamentos que você toma e o que você come ou bebe.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Saliva e chiclete - seus benefícios para a saúde bucal


Como sabemos, a saliva ajuda a manter a boca úmida. Quando comemos, o fluxo de salivar aumenta, permitindo-nos mastigar e engolir os alimentos. A saliva também tem efeito protetor. Ela neutraliza os ácidos, quando comemos carboidratos que reduzem o pH da boca, e remove os resíduos de alimentos que ficam após as refeições.



A maioria das pessoas masca chicletes sem açúcar como um "hábito natural" para purificar o hálito, limpar a boca após as refeições, fortalecer os dentes e ter uma sensação de bem estar ao final de um longo dia. A combinação da saliva com a goma de mascar sem açúcar estimula o fluxo salivar, neutralizando ainda mais os ácidos acima do pH crítico de 5,7. (1, 2)

Para você, o que significa isso? Significa que você pode diminuir as lesões de cárie causadas pelos tipos de alimentos que você ingere. Depois de comer, o pH da placa bacteriana torna-se ácido durante um período de tempo e afeta os dentes, enfraquecendo-os e tornando-os suscetíveis à cárie.


Foi realizado na Europa um estudo, com duração de dois anos, com um grupo de crianças da 3ª à 5ª série, propensas à cárie, que não faziam uso de água fluoretada, mas usavam diariamente um creme dental comum com flúor. As crianças foram distribuídas entre um grupo controle positivo e um grupo de controle negativo que não usava goma de mascar sem açúcar. Os componentes do grupo controle positivo mascaram, todos os dias e durante 20 minutos, um chiclete sem açúcar após cada refeição. Foram feitos exames no início do estudo (momento inicial) e após o primeiro e segundo anos com o objetivo de determinar o número de dentes restaurados, cariados ou ausentes.

Depois do primeiro ano, os resultados mostraram que o grupo de crianças que mascavam chiclete com sorbitol teve o número de lesões de cárie reduzido em 41,7% em relação ao grupo de controle com crianças que não usaram a goma com sorbitol.

As lesões de mancha branca também foram registradas nos dois grupos de controle positivo e negativo e mostraram uma redução 43,6% em relação ao grupo de controle positivo após um ano. Depois de dois anos, registraram-se, em relação ao grupo de controle negativo, uma redução na cárie de 33.1% e uma redução das lesões de mancha branca de 38.7%. (3).

A realização do estudo foi eficiente e os resultados demonstraram que não foi difícil mascar três chicletes por dia. Os resultados indicam que alunos e professores podem beneficiar-se, descobrindo que a saúde bucal também pode fazer parte do currículo escolar e que um programa de combate à cárie pode ser instituído nas escolas. Converse com seu dentista sobre as escolhas que você pode fazer para melhorar sua saúde bucal usando um chiclete sem açúcar.


Referências: 
1 Park KK, Schemehorn BR, Stookey GK. Effect of time and duration of sorbitor gum chewing on plaque  acidogenicity. Pediatr Dent.  1993; 15(3):197-202.
2 Koparal E, Ertugrul F, Sabah E.  Effect of chewing gum on plaque acidogenicity. J Clin Pediatr Dent. 2000; 24(2): 129-32.
3 Szoke J, Banoczy J, Proskin HM. Effect of after-meal sucrose-free gum chewing on clinical caries. J Dent Res 80(8): 1725-29, 2001.