Mesma substância do botox vem sendo usada no tratamento de bruxismo e
até em correção de gengiva na cadeira do dentista.
Mais conhecida por botox, e
pouco pelo nome técnico, a toxina botulínica é grande aliada em tratamentos
para correção de rugas e outras imperfeições estéticas. O que alguns não sabem
é que ela também pode ser usada pelo dentista, em diversas ocasiões, como em
tratamento de bruxismo e correção da gengiva.
No caso do bruxismo, que é uma
complicação caracterizada pelo apertar e ranger dos dentes, a toxina serve como
tratamento, segundo o odontologista Carlos Telles, da Clinica Mais Sorriso.
As placas flexíveis de silicone
ou rígidas de acrílico, moldadas segundo a arcada dentária do paciente, são
comumente usadas nessa situação. No entanto, segundo o dentista, essas apenas
reduzem o atrito que provoca o desgaste dos dentes, mas não atuam efetivamente
no tratamento do bruxismo - como faz a toxina.
No caso de dores orofaciais,
como enxaqueca na lateral do crânio, a substância também pode ajudar. Após ser
injetada no músculo relacionado à mastigação, age nas fibras musculares,
relaxando a musculatura e aliviando a dor de cabeça.
Outra utilidade da toxina é a
correção do chamado sorriso gengival - em que o paciente apresenta quantidade
excessiva de gengiva. Isso pode ser corrigido através de uma injeção no músculo
elevador do lábio superior, que impedirá que esse levante tanto na hora do
sorriso, escondendo, assim, um pouco da gengiva.
Esse é o método menos
agressivo para tratar desse problema estético, que também pode ser resolvido
através do aumento dos dentes, ou descolamento da gengiva.
De acordo com Telles ainda, a toxina botulínica tem
inúmeras utilidades estéticas, odontológicas e inclusive relativas a
hiperidrose - excesso de suor nas mãos, pés e axilas. No entanto, segundo
Carlos, a substância foi liberada para os dentistas há muito pouco tempo, cinco
anos no máximo, de acordo com ele. Apesar dos tratamentos serem menos
invasivos, é importante que a substância seja reaplicada periodicamente -
normalmente de 4 em 4 meses. Já em alguns casos,
depois de dois anos seguidos
de aplicação, a frequência de manutenção pode ser diminuída.Telles ressalta,
ainda, as contraindicações da substância. “Pessoas que tomam antibióticos, que
possuam doenças degenerativas musculares - como esclerose múltipla, que diminui
a potência muscular - grávidas, entre outros, não devem usufruir do
tratamento”, alerta.
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